sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

História da vida no Universo- Fácil para adolescentes!


Há tanta gente que acredita em Deus que não vamos poder decepcionar. Então... Deus existe. Mas veremos que podemos entender perfeitamente a história do nosso universo, de forma diferente mas não tanto... E é tão simples! Deus não anda por ai cuidando de cada grão de areia. Não!... Deus tem servidoras, todas femininas, chamadas leis da natureza! Vamos encontrar Deus e sua Obra.


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Disse-me um professor: - Eu não acredito em Deus, mas posso imaginar um. Vejamos se é igual ao vosso. Ele era muito engraçado e contava as coisas de forma engraçada para memorizarmos. Segundo meu professor, um Deus que é único e vive sozinho, vivendo fora de sua obra, tem que ser muito alegre, senão morre de tédio!

1. Os primórdios 

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Estava Deus pensativo e muito só em seu ambiente de escuridão, porque não havia luz. Deus não precisava de luz. Como sabemos Deus não pode ter umbigo, porque como Deus, Ele faz coisas, mas não foi feito por ninguém. Mas vivia no escuro. Deus é mais poderoso que tudo e qualquer coisa. Nem tem sexo, porque não precisa. Mas vivia no escuro. E tem muito tempo. E como tem muito tempo, é muito lento. E sentindo-se só, sem ter nada pra ler nem escrever, nem conversar, resolveu fazer um universo para sentir prazer e se divertir e "ver" alguma coisa. Porque vivia no escuro. E isso era muito aborrecido, triste e triste. Deus vivia num ambiente de possibilidades a que se pode chamar de "estado quântico" ou mesmo de "falso vácuo", um lugar onde não existe nada, mas onde qualquer coisa pode acontecer. E escuro, muito escuro, completamente escuro. Mas basta ter tempo para esperar que algo pode acontecer.  Então, cansado, Deus resolveu esperar e enquanto esperava saiu às escuras para se distrair por outros lugares do reino, longe, muito longe dali, porque a luz ainda não se tinha feito. não tendo com quem falar, e vivendo às escuras, não admira que Deus pudesse ser surdo, mudo e cego. Todo  mundo se preocupa com o que existia antes do Universo, do Big-Bang, mas ninguém se importa como Deus se movia nesse ambiente. Numa dessas vezes que Deus se afastou para estar no resto do seu reino, "pipocou" um pequeno volume quase como uma esfera, de um tamanho zilhões de vezes menor que a quinquagesimal parte de um grão de areia quebrado em mil vezes mil vezes a milionésima parte de um micro pedaço. Era extremamente quente, densa. Ali havia um potencial de matéria para fazer um universo. Bastava crescer. Isso foi há 13,7 bilhões de anos. Deus era ainda muito novo, engatinhava.

2- Algo acontece 
13,7 bilhões de anos. 

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Certa vez que voltara para ver se acontecia algo, viu um ambiente diferente. Continuava tudo sem luz, escuro, mas havia uma fina película de "densidade" diferente separando o ambiente onde estava de um outro que agora aparecera. Era como uma parede plana, extremamente quente, mas que continuava a crescer a uma velocidade muito grande. Para Deus, 380.000 anos se haviam passado e daquele volume quase como uma esfera, de um tamanho zilhões de vezes menor que um grão de areia quebrado em mil pedaços, já existia uma esfera infinita de tal forma que suas "paredes" externas eram praticamente planas... Como crescera!... Tri-zilhões elevados a quaquilhões ao cubo... Mas continuava tudo escuro. Então Deus pensou que aquele volume todo esfriara, porque o "espaço" tinha aumentado e se tinha aumentado então o que havia lá dentro também aumentara senão a densidade do lado de fora seria maior que o de dentro e não teria crescido. E pensou Deus: - Cacilda!!!!! Isto não vai parar mais.. Criei uma máquina que não vai nunca parar de crescer. Se já houvesse luz, Deus teria visto que onde vivia, havia deuses espalhados por todo o lado porque cada povo tinha direito ao seu e todos estavam empenhados em construir universos para seus povos.  

3- E Faz-se a luz 
380.000 anos depois do inicio.

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Foi no instante seguinte que a luz se fez quando apareceram os primeiros átomos de hidrogênio que pipocavam mais e mais rapidamente que pipoca. O universo estava com uma temperatura de 10.000.000 de graus Celsius. Ao baterem uns nos outros, emitiam fótons de luz, criavam átomos de hélio. Em alguns lugares quase não havia átomos de hidrogênio, Noutros eram tantos que ao se juntarem começaram como que a "querer" voltar ao estado anterior do "falso vácuo", deformando o espaço-tempo, aquilo onde o universo se expandia e que ele mesmo ia criando enquanto crescia. Essa deformação do espaço que se podia chamar de gravidade, amarrava os átomos, eles se aglutinavam em esferas, a pressão aumentava, a temperatura ali voltava a subir, como no inicio, e formavam-se galaxias de estrelas que transformavam o hidrogênio em hélio, jogando fotos de luz para o espaço. Na medida em que as estrelas se fossem consumindo iriam produzir outros "materiais", outros tipos de átomos.  Deus agora tinha olhos e via, tinha ouvidos e ouvia, tinha boca e podia falar. Mas não tinha com quem! Se houvesse algum lugar para algumas coisas poderem viver e ter com quem se divertir... Mas gozado... O Universo aquela bola de paredes planas crescera tão rapidamente, que a luz não chegava ainda nos extremos do Universo. A luz caminhava numa  velocidade fixa, enorme, mas menor do que a velocidade de expansão do Universo.

4- As primeiras estrelas explodem 
13,4 bilhões de anos. 
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Deus andava por ali, olhando aquele Universo transparente, vendo-o crescer, e começou a ficar preocupado quando viu estrelas começarem a estourar por volta de 13,4 milhões de anos atrás. Antes de estourar elas já tinham formado 25 dos elementos mais pesados Essas estrelas -supernovas - ainda estouram nos dias de hoje. Nelas se formavam esses elementos, às custas de choques e fusões de átomos, mediante calor e pressão muito grandes, enormes. Mas quando estouram, elas formam átomos radioativos, ouro, cobre, zinco, selênio, os mais pesados, matéria que permite "construir" alguma coisa, suportar alguma coisa, ficar em pé como uma árvore, ficar úmida como um rio, qualquer coisa, ainda que essa coisa seja a vida. E ao explodir as supernovas criam novas estrelas mas agora, planetas, e todo tipo de "astros solares", meteoros e meteoritos. Deus estava deslumbrado. Se tivesse mãe, correria e diria: Olha mamãe... Olha o que eu fiz... (Mas esconderia que viu feito. Quem sabe Ele fez mesmo!.
Por todo  o universo começou a aparecer "sóis" rodeados de planetas contendo tudo o que se pode "fabricar" no universo. Ou quase tudo.

5- Nasce o nosso Sol.
4 bilhões e meio de anos atrás 
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Somente o sol contém 99% de todo o gás existente no sistema solar, que vai consumir em mais outro tempo semelhante. Para aparecer vida teria que ser nesse intervalo de tempo. A terra é o terceiro planeta a partir do Sol. A gravidade, ou melhor, a deformação no espaço-tempo provocada pela massa de materiais incandescentes se encarregou de arredondar o formato da Terra, do sol e dos demais planetas. É essa deformação que age como um molde para tornar tudo em esferas. Como todo rei terreno, o Rei do nosso Universo, ainda uma criança, assiste à formação e evolução do sistema solar. Quando o nosso planeta se forma, gira tão rápido que um dia dura apenas 6 horas. O tempo para Deus corre muito mais devagar que isso. Deve viver dentro de um buraco negro, onde a gravidade é tão forte que o tempo chega a parar. Impossível haver vida com uma temperatura dessas, os materiais todos derretidos feito lava. Os materiais mais leves boiam e formam uma crosta. Os mais pesados formam um núcleo de ferro e níquel, criam um campo magnético ao redor do planeta.
Se deus estivesse dentro do universo, meteria um dedo na lava e veria que estava muito quente, mas como vimos, o Universo surgiu no lugar onde Deus estava e não "dentro" de Deus. Deus ficou do lado de fora do Universo que criou. Um bloco planetário veio ao encontro do nosso planeta, por esses dias, bateu nele, projetou-se para o espaço e ficou rodando à sua volta, levando-lhe um pedaço: É a Lua, que demorou apenas um ano para se formar depois da batida. Mas para que serviria uma coisa dessas girando desenfreadamente em redor de um planeta?

6- Tempos do planeta esfriar 
4,4 bilhões de anos atrás

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A lua tem mantido nosso planeta firme em sua órbita, sem balançar, e tem absorvido impactos de meteoros, cometas e meteoritos, que de outra forma teriam caído por aqui. O campo magnético gerado pelo núcleo de ferro-níquel, também nos livra de muita "encrenca" inclusive de parte das emissões pesadas do sol. Foi pelo impacto que o planeta gira "inclinado" e proporciona as 4 estações do ano. Deus ficou pensando o que poderia acontecer com os outros deuses que queriam construir universos. Conseguiriam eles arranjar as coisas, sem usar as mãos, de forma que um pedaço de matéria planetária batesse num planeta dos deles, de forma a propiciar uma lua , as 4 estações, etc... Porque sem isso, não haveria vida. Ou haveria? E um dia, os dias passaram a durar 24 horas. Era o efeito da Lua que se afasta e um dia vai se afastar para o espaço. Se Deus quisesse poderia evitar isso, mas as "coisas" já foram feitas assim, e já sabemos que Deus não vai intervir. Temos que nos virar! Durante esse tempo todo o calor de materiais em fusão, vulcões,  a queda de meteoros e cometas que caíram, foram provocando o lançamento de gases na atmosfera, choveu, a superfície arrefeceu, havia oceanos no planeta.  

7- Aparece a vida
3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás.

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No fundo dos oceanos 6 elementos simples incluindo carbono, oxigênio, hidrogênio, se juntam para formar o DNA e surgem as bactérias, os primeiros organismos vivos. Deus olhou admirado, curioso, para saber como aquilo tudo poderia evoluir. E tinha razão, porque era muito melhor ver como as leis da natureza conduziam o mundo do que fazer um pronto e acabado de supetão.  Eram os "desastres" e as novas condições do planeta que faziam a "evolução" uma adaptação das "coisas".  Sem os desastres, a vida não poderia  existir nem evoluir porque não tinha que se adaptar. Ou melhor, sempre havia espécies de DNA mais aptas para cada um dos cenários em que o ambiente acima da crosta terrestre se mostrava  ou alterava em função de temperatura, impactos de meteoros, movimentos de crostas terrestres, quantidade de raios solares... Mas a vida somente é possível se algo consegue extrair energia deste universo por si mesmo. Certos organismos a extraem de uma forma, outros de outra. A vida é uma luta por energia. Os casos de altruísmo não são raros. Olhando para isto, Deus não se comoveu e nunca alterou as condições deste planeta para que vida não lute contra outra vida. Mas Deus não é mau. Deus não é ruim. Simplesmente ficou do lado de fora de sua obra, como é da natureza deste universo. O professor disse que não existia, mas que poderia existir. A energia vem quase toda do sol. E assim foi até 2,5 bilhões de anos atrás quando as bactérias foram jogando oxigênio na atmosfera e depositando ferro oxidado no fundo dos mares em imensas jazidas. Quando todo o ferro a oxidar acabou, as bactérias que evoluíram, e se adaptaram a esta falta de ferro para oxidar, mudaram seu padrão e forma de vida. Na verdade, surgiu a era do oxigênio com a atmosfera e os oceanos cheios dele, um mundo totalmente deferente que fora mudando dia a dia, sem se perceber. Viver no oxigênio era cerca de 20 vezes mais eficiente que antes. O mundo busca a eficiência. Devemos ficar atentos, porque agora estamos sentindo. Os profetas agora são os cientistas!

8- A evolução no oxigênio.
550 milhões de anos atrás.
A explosão do Cambriano  

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Agora o planeta é sobretudo azul.  A luz continua buscando chegar nos limites do Universo em expansão, mas sabe-se que será uma luta inglória porque o Universo continua a se expandir. Para falar verdade, Deus nem vê a luz que se fez, porque está do ado de fora do Universo onde a luz ainda não chegou. Continua ao que parece ainda cego, surdo e mudo, porque é a impressão que nos dá. Deus é imenso, poderoso, mas tal como nós, nosso universo é apenas uma obra, muito pequenino para Deus. Mas há quem viva às suas custas. Uma das adaptações da vida para ter energia disponível sem muito esforço. Uns predadores que recebem dízimos de energia dos outros, os fiéis.
Lá longe, pra lá dos limites do Universo Deus se pergunta se um dia poderia ver os seres que vivem no seu universo e ajudá-los a viver. O oxigênio agora chega a 13% do total da atmosfera terrestre. A vida enlouquece e explode numa infinidade de espécies. Aparecem os peixes ósseos, dos quais descendemos. Formou-se a camada de ozônio que nos protege, e a toda a vida, dos raios do sol. As algas marinhas ganharam o solo do planeta e se espalham pela sua superfície sempre evoluindo. Aparecem as árvores.

9- A vida  animal sai dos mares para a superfície do planeta.
400 milhões de anos atrás. 

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Surgem os anfíbios dos quais descendemos. Nenhum deles tinha noção do futuro quando começaram a palmilhar o planeta. Mas agora nós temos. Porque sustentar sacerdotes e quem não quer mas pode trabalhar? Alguns anfíbios evoluíram para répteis, e sexualmente, gerando ovos com casca. Os ovos continuavam gelatinosos e úmidos, mas poderiam ser agora gerados no interior, em terra, onde ficariam a salvo de predadores. Algumas especies de vida largavam a "beira d'água oceânica". Havia rios no continente.

10- Reciclagem natural
- O carvã
300 milhões de anos atrás

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No tempo das bactérias, antes do mundo ter tanto oxigênio disponível, elas depositaram ferro no fundo dos oceanos e libertaram oxigênio. Agora a vida vegetal terrestre caía morta nos pântanos, e ia-se cozinhando dia após dia, soterrando-se, criando resíduos de carbono, o carvão. Alguns anfíbios evoluíram para répteis, e sexualmente, gerando ovos com casca. Os ovos continuavam gelatinosos e úmidos, mas poderiam ser agora gerados no interior, em terra, onde ficariam a salvo de predadores. Algumas espécies de vida largavam a "beira d'água oceânica". Havia rios no continente por onde a vida se espalhava.

10- Extinção do Permiano
- O mundo tem que evoluir, "passar borrachas" no que foi feito. 
250 milhões de anos atrás

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Parece por vezes que a natureza "sente" que algo não vai bem por esse caminho e que precisa mudar... Foram tantas as emanações de gases de vulcões, por efeito estufa, que a atmosfera se encheu de gases nocivos, a luz do sol não chegava quase na superfície, quase todas as espécies se extinguiram. Mais de 70%... Se Deus visse aquilo, ficaria muito triste e choraria, mas não podia ver. Estava muito longe, pra lá dos limites do Universo onde a luz não havia chegado então, nem hoje, nem nunca ha-de chegar porque o Universo se expandiu e expande rápido demais para a velocidade da Luz...

11- Extinções 
- O mundo tem que evoluir, "passar borrachas"
 no que foi feito.
250 milhões de anos atrás
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Nos últimos 500 milhões de anos foram cinco extinções. Cinco vezes a natureza passou a borracha como que arrependida do que tinha feito. Se fosse deus, dirianos que Deus abusou e foi muito malvado, muito mais do que quando afogou todo mundo no diluvio, mas Deus era muito novo ainda e deve ter sido uma brincadeira dele. Aparecem os dinossauros, os maiores seres vivos de toda a historia do planeta, que reinaram por cerca de 160 milhões de anos. Nos últimos milhares de anos conviviam com alguns mamíferos, diminutos, impossibilitados de crescer porque os demais predadores os comiam. A natureza genética desses "ratos mamíferos" parecia saber que não podiam crescer... Quando pudessem... Um dia... Mas os continentes que estavam reunidos num só, a Pangeia, separaram-se, nascem os oceanos Atlântico e Pacifico.  

12- Caminho livre 
- Morrem os dinossauros. 
65 milhões de anos atrás
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Cai um meteoro no planeta. Os dinossauros se extinguem por muitos fatores, como onda de choque, calor, incêndios florestais (tinham aparecido as primeiras espécies de madeiras de lei), inverno nuclear,  falta de luz do sol por causa de poeira, falta de alimentação... Não sobrou nada que pesasse mais de 20 quilos. Deus evidentemente não andava no meio do mato com uma balança para ver quem poderia viver com pouco alimento e quem não podia, mas a natureza tinha. Quem pudessem o que pudesse que se alimentasse do que existisse. Quando a poeira assentou, com a calmaria, apareceram os primeiros primatas, os olhos postados na frente da cabeça para permitir a percepção das três dimensões. Estava aberto o caminho para alguns desses mamíferos começarem a ter a percepção de uma quarta dimensão: O tempo! Somente há 102 anos atrás, um único homem percebeu que essas quatro dimensões eram inseparáveis: Albert Einstein!... Mas 99,9% continuam sem entender. Deus, do lado de fora, deve saber, mas está tão longe para lhe perguntarmos... E não se veem os profetas!

13- Cada vez o planeta fica mais apto.
De 50 a 10 milhões de anos atrás

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São anos de movimentos, evolução. A crosta terrestre dividida em placas que carregam ora oceanos ora terras e constroem montanhas, afastam-se umas das outras. O rio Colorado abre o Grand Canyon, crescem os Himalaias. De muito quente o planeta ha 50 milhões de anos havendo até florestas nos polos, o clima muda por estes movimentos de crosta e ha 10 milhões começou a esfriar. Surge o Istmo do Panamá e as correntes marítimas ajudam a mudar ainda mais o clima pela separação entre os dois grandes oceanos Pacifico e Atlântico. Parece que o planeta está ficando melhor... Sente-se... Mas fica melhor para quê, se os primatas ficam presos pelo frio, aglomerando-se entre trópicos como quem espera? O que falta para que possam crescer, agora que não há dinossauros?

14- Surgem os tapetes das pastagens 
- Agora vamos!!!
De Sete a 2,6 milhões de anos atrás...

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De repente o chão do planeta começou a ficar verde. Eram os pastos que nasciam quase que simultaneamente em todo o planeta. Sem ele nossa vida seria impossível e outros tipos mamíferos seriam os  "senhores  do planeta". Estepes, savanas, pradarias... Os símios das savanas africanas viram-se frente a uma situação por causa do clima: Serem obrigados a atravessar longas distancias entre árvores carregando crias, para se alimentarem. Aprenderam a andar erectos, sobreviveram e encontraram algo mais na savana: Alimentos, como trigo, milho, cevada, arroz. Ao caminharem em pé, ficaram com as mãos livres, e elas tinham muito que fazer. Os carinhos noturnos ficaram mais gostosos, logo fabricavam ferramentas com rochas de silício. os hominídeos agora tinham martelos, facas, lanças... Podiam enfrentar animais maiores, expulsar outros grupos. Os que tinham essa aptidão, seguiram em frente na evolução, os outros, que queriam a paz, morreram! Espera-se que Deus nunca saiba deste triste fato. Sofreria muito. E os seres tornam-se humanos e começam a fazer uma porção de coisas com as mãos, com a cabeça, com todos os buracos corporais que têm, e qualquer dia começam a abrir mais buracos no corpo para terem mais prazer.

O resto da história dos seres humanos e da vida na Terra, encontra-se por aí, mas nenhuma como esta. Que Deus herdará a Terra Belenos, Afrodite, Zeus, Rá, ou os que vieram depois? O seu, o nosso, o deles ou outros? Não vale a pena brigar por isso. Seja qual for que apareça de verdade para reclamar...

Final - Os extra-terrestres
Onde andarão?

Não andarão em lugar nenhum alcançável... Haverá vida em muitos lugares do Universo, mas nenhuma igual à nossa, porque já vai ser difícil que se tenha formado um planeta do exato tamanho do nosso, à mesma distância de sua estrela do mesmo tamanho, que tenha sido impactada por um matacão que tenha gerado uma Lua, cuja atmosfera tenha sido fruto de bactérias que geraram oxigênio, que tenha havido tantas extinções... Ou seja: "Tudo o que não ocorre na natureza do Universo do mesmo  modo, gera resultados diferentes". Se ninguém descobriu esta lei, eu a reivindico.    
Vida inteligente lá fora pode haver... Parecidos conosco, quem sabe?... Mas iguais, ou muito parecidos... Nem pensar. No entanto, terão que ter cabeça, tronco e membros com mãos e dedos, motor, cérebro, olhos, central de transformação de energia, central de mídia.
Ninguém deveria morrer sem tocar, beijar, uma trilobite. 


Rui Rodrigues

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A Saga do celtibero - Ano Zero.

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citânia quando estava abandonada.
Esclarecimento: Os celtiberos são um produto de miscigenação entre celtas que chegaram na Península Ibérica vindos muito provavelmente dos Alpes suíços com os iberos que já lá viviam, antes da chegada dos gregos e dos romanos. Os celtas se estendiam por toda a Europa até a atual Turquia e viviam em "Castros", casas circulares de pedra cobertas por palhas, reunidas em aldeias com proteção de muros de pedra. Eram profundamente religiosos, amavam as artes e sabiam usar o ferro, domesticavam animais e falavam uma língua derivada do proto-celta ou celta comum, uma língua indo-europeia. A separação da língua celta deu-se entre 1200 e 800 A.C., antes das invasões romanas. No norte de Portugal falava-se o Galaico e pouco mais a sul o Lusitano conforme referido em documentos romanos. Atualmente fala-se algum tipo de língua celta apenas em regiões limitadas da Grã-Bretanha, Ilha de Man, irlanda, Ilha Cape Breton, Bretanha (na França) e Patagônia (incrível isto, uma vez que a Patagônia foi descoberta por Fernão de Magalhães. Provavelmente a língua celta foi levada por emigrantes). O lusitano foi completamente extinto. Agora imagine-se uma pequena "Citânia" (celta)com casas de pedra, pináculos de telhados a fumegar na hora de fazer a comida em meio a uma azáfama romana de "romanização" da Península Ibérica. Vale notar que os Celtas primeiro tiveram que se entender com os iberos que já viviam na península, depois com gregos, e na sequencia com fenícios e cartagineses, depois com os romanos. Eram principalmente pastores, mas faziam de tudo. Depois dos romanos vieram suevos, alanos, alamanos, godos, visigodos, judeus e árabes.

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Alguns residentes celtas da Citânia ornamentados para a guerra. 


Este conto, saga ou crônica fictícia, passa-se no ano zero, exatamente, nem antes nem depois do nascimento de J.C. e fazia 30 anos que os romanos haviam chegado e fundado a Lusitânia. Vinte e nove para ser exato, mas não haviam chegado ainda a todos os lugares do Norte. Os nomes usados são de origem Celta.

Nasce o Celtibero
Na Citânia
Ano Zero A.C. e Zero D.C.

(Os romanos não conheciam o dígito zero)


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Altar celta de sacrifícios de Panoias. O sangue escorria pelos buracos


Rodrix era um nome de origem nos celtas que haviam chegado há muitas e muitas luas vindos de lá das enormes montanhas de neve, onde o dia nascia primeiro. Buscavam terras mais quentes e melhores para encontrar minerais e cultivar. Tinham ouvido falar. Era filho de Gael e Alexia que tinham se juntado sob a proteção dos deuses celtas, mas os romanos não conheciam o zero. Para eles, os romanos, Rodrix o recém-nascido ainda não existia. Nem a citânia porque não a haviam ainda descoberto, mas isso era uma questão de tempo.
Todos levavam uma vida monótona, agora que se escondiam dos invasores, muito limitados em sua liberdade de andar pelos campos, temendo encontros com as legiões. O chefe da citânia cogitava de se unirem aos romanos. Dizia-se na citânia.
Rodrix diria um dia, como todos os celtas e iberos: "Orávamos a Tutatis e Belenos, e sempre que apanhávamos soldados romanos perdidos os imolavam no santuário de Panóias. Se os deixássemos ir, eles podiam denunciar a citânia e viriam com mais soldados para nos matarem a todos, estuprar as nossas mulheres". Os celtas de Panoias, vieram da Panônia, nas margens do rio Ister (Danúbio).

O Celtibero
O começo do conhecimento
Ano V D.C.

(Jesus Cristo nascera no ano zero que os romanos não conheciam)


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Rodrix gostava de comer carne de cabra, ovelha, porco, queijos, mel, e aqueles fungos que os porcos encontravam enterrados, presos a raízes de árvores nas florestas, as trufas. Tomava sempre leite de cabra e gostava também de misturar-lhe pão de bolota migado. De vez em quando via hordas de romanos passarem lá embaixo margeando o rio e sabia o que significava: Encrenca! Ouvira falar e estava sempre atento ao que falavam. Felizmente não os tinham ainda descoberto porque era muito raro passarem por ali. Um dia teria uma falcata bem afiada, muito melhor que o gládio romano, e seu labrys, um machado de duplo corte, do mais afiado e duro ferro. Chegava a temer mais por Gael e Alexia do que por ele mesmo. Ainda não conhecera a dor, mas sentia aquela dos tempos de insegurança no seu peito. Orava a Ares, o deus da guerra. Um dia seria um grande guerreiro sem medo de morrer. Os carnutes ou Dehieroskópos como os gregos chamavam aos sacerdotes, o haviam ensinado a não ter medo. Adorava quando chovia e todo o Castro se quedava em meditação. Por isso esmagavam as cabeças dos inimigos para lhes extrair o "pensamento". Um dia vira um inimigo ser perfurado no ventre, ainda vivo, e seu sangue jorrar em pequenas poças abertas nas pedras cinza duras, escorrendo para a terra através de pequenos sulcos. Os carnutes leram depois o que diziam as vísceras do homem, que eram iguais às dos porcos. Temia e exultava por isso. Os sacerdotes deveriam saber o que faziam, mas bem que poderiam ler nas vísceras dos porcos, nas entranhas de peixes.

O Celtibero
Meu mundo em guerra
Ano X D.C.


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Uma anta celta ibérica. 



Agora tenho 10 anos pelo ciclo do Sol, como aprendi com os druidas. Com mais uns 30 de vida estarei morto, e com sorte enterrado numa Anta junto com minhas armas, se os do castro me julgarem valente. Os romanos começaram a chegar e tomaram conta de tudo. Os fenícios nunca mais apareceram com suas mercadorias, os gregos nunca mais voltaram. Há gentes que chegam com língua parecida com a nossa e a que chamam bárbaros, mas são diferentes dos cartagineses que nos convencem a lutar contra Roma. Dizem ser Godos. Sei que sou Celta, amo a minha família e a defenderei onde for preciso. Tememos uns barcos que quando chegam, muito raramente, não é pra comerciar. Eles chegam do Norte e são louros. Chamamos-lhes de godos e chegam para nos roubar. Aquele homem que vira os sacerdotes perfurarem e sacrificarem quando eu tinha 5 anos era godo. Também não gostamos dos romanos e aprendo rápido a lutar com armas de ferro. Os romanos são invasores, e muito organizados. Acham que a morte é uma fatalidade e morrem sem reclamar dos deuses. Todos no mundo dizem que os Celtiberos e os lusitanos são os melhores guerreiros da península. Talvez me junte a cartagineses se voltarem a passar por aqui, mas não aparecem há cerca de 146 ciclos do sol. Gosto de Roxana, terceira casa a subir, do lado direito, mas não sei como levá-la quando sair desta terra. Sinto-me muito preso nesta citânia e não muito seguro. Eles atacam quando vamos ao rio ou mais longe ao mar para pescar. Quero correr mundo como aqueles que nos visitam para comerciar. Comecei a ter consciência que os cartagineses nos usaram para atacar Roma,e agora sofremos dois tipos de ataques: A vingança dos romanos que querem acabar com os ataques a Roma e nos chamam de bárbaros, e os que vêm para nos roubar os metais e nos fazerem de escravos.

O Celtibero
Para que se vive?
Ano XV D.C.
     

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Roxana era assim, mas bem mais loura

Quinze anos eu tenho agora. Dois anos atrás os guerreiros começaram a me deixar participar da defesa de nossa tribo. pela primeira vez me deixaram ir até o rio para a colheita de trigo e milho. Alguns de nós cuidavam das mulheres enquanto outros as ajudavam na colheita. Os rituais de minha iniciação sexual estavam programados para este ano durante o solstício da primavera, na festa do "Hiero Gamos", para me casarem com Roxana, mas numa das idas ao rio não quisemos esperar e nos casamos escondidos. Foi tão bom, que não posso mais ficar longe dela. A festa em si foi uma orgia com mandrágora que nos deixava inebriados, e nos fazia fazer amor com todas. As mulheres ficavam na caverna ao redor junto às paredes, uma fogueira no meio, os homens iam percorrendo as mulheres uma a uma. Diziam que na primeira vez ela sangrava, mas não sangrou. Isso foi muito bom porque não lhe doeu nada. Alguém já a preparara para me agradar. Ela me dava prazer até com a boca. Eu retribuía. Depois da iniciação ninguém mais deita seja com quem for, mas se houver problemas, podemos nos separar. Os anciãos da citânia entendem isso. Eu não quero me separar dela. Matei meu primeiro romano invasor dois dias antes de meu aniversário solar. Foi frente a frente. Ele não viu minha adaga falcata. Roxana lutou a meu lado. Meu outro medo era que os romanos viessem para levar Roxana como gladiadora para lutar nas arenas de Roma. Preferia vê-la morta e eu junto. A vida era a natureza. Porque teimavam em transforma-la num inferno, gentes que hoje ganham e amanha sabem que vão perder???... Quando cheguei da beira do rio hoje, meus pais tinham feito uma bela sopa com pão de bolota e carne assada de cabra. Defenderia minha citânia contra tudo e contra todos.
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Falcata celta ibérica. 
O Celtibero
Quem me muda assim a vida?
Ano XX D.C.


Foi logo depois de ter cumprido meu 15o ano de vida, a caminho dos 20, que a tribo da citânia, meus pais e os pais de Roxana resolveram que seria melhor casarmos e irmos para longe da influência do mundo romano para nos pouparem da escravidão, da morte, e podermos continuar a nossa descendência. Embarcamos num barco fenício que se dirigia ao continente negro e depois voltaria ao mediterrâneo e ao oriente médio. Pensávamos ficar na Grécia ou em Bizâncio. Éramos apenas 5 pessoas com o barco cheio de alimentos para trocar por marfim antes da costa dos esqueletos: Três marinheiros fenícios, eu e Roxana. Quiseram-nos pagar largas somas em ouro para fazerem amor com Roxana. Se não precisássemos de marinheiros os teríamos matado. Parte da carga era da citânia, que nos fora doada em dote de casamento. Com esse dinheiro viveríamos. Tínhamos assim que vender a carga em Africa, comprar marfim em troca, levar para Bizâncio, e vender por lá sem sermos assaltados.os lucros seriam suficientes para comprar escravos e viver em Bizâncio. Sempre que aportávamos escondíamos Roxana debaixo da carga para não gerar maus pensamentos. Conseguimos comprar boa carga de marfim com os Nok da atual Nigéria. Borramos o marfim com lama para não dar nas vistas, e depois de jogarmos feno em cima, cobrimos com tecido grosso. Trouxemos também uns minerais de ferro que caíra do céu, para fazer adagas bem mais duradouras e duras. Chegamos a Bizâncio quase dois anos depois, e abrimos uma empresa de comércio marítimo. Achamos por bem trocar nossos nomes e aprendemos a ler e a escrever com escravos celtas da Betica, começamos a usar roupas iguais às dos romanos. Tivemos três filhos. Éramos romanos de coração celta, ou celtas de coração romano.

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Barcos bizantinos de comércio. 


O Celtibero
Os negócios nos levam às origens.
Ano XXV D.C.


As religiões são uma desgraça, jogando uns contra os outros. O jogo dos extremistas é sempre descobrir os "traidores das religiões" para extorquirem dinheiro, casas, bens em geral. A religião é usada para extorquir dinheiro até pelos nossos druidas da Citânia. Em Bizâncio é a mesma coisa. Por isso usamos os fenícios, que são "religiosamente" neutros. Financiamos barcos fenícios ou bizantinos, mas sempre com fenícios na tripulação contratados por um fenício que é o nosso testa de ferro e que nos presta contas. Ninguém ataca os fenícios e a menos que os barcos afundem, sabemos exatamente qual o lucro. Um dia aproveitamos uma viagem para a "ilha Cassiterita", ou Britânia, uma ilha que fica enviesada a norte de nossa citânia ibérica, e ocupamos um segundo barco para levarmos as crianças para conhecerem os avós. Íamos pegar uma carga de estanho. Foi uma viagem perigosa, mas a vida também era. Estamos no ano 25 D.C e os romanos ainda não chegaram à Britânia. A viagem decorreu sem incidentes. Levamos nossos pais para a Britânia. Livramo-los assim dos romanos. A vida na península estava impossível. Deixamos nosso filhos com eles e voltamos a Bizâncio para vendermos tudo e irmos para a Britânia. Sempre fiquei na duvida se fizemos bem ou mal, agora que nossos filhos eram gente de um grande império, o romano, mas não podíamos conviver com a hipótese de virem a fazer parte de uma legião romana, serem destacados para a Ibéria e matarem seus familiares ou serem mortos por eles sem nunca virem a saber. Deixamos as crianças com uma dor no coração, mas certos que a vida é cheia de dores nos corações. Temos que ser fortes!

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Santuário na Britânia. Antes havia uma cobertura parte com madeira coberta de palha, parte com pedras. No piso inferior se faziam sacrifícios.   

O Celtibero
ROMA, um problema
Ano XXX D.C.


Todo este tempo vivendo em Bizâncio e fazendo comércio com barcos fenícios. Recebemos noticias da família na Britânia através de tábuas de madeira escavadas com letras. Íamos fazer uma casa nova aqui em Bizâncio e encontramos dois esqueletos de mãos dadas. Pelos objetos que tinham sido enterrados com eles pareciam ser celtas. Roxana e eu combinamos de sermos enterrados assim, de mãos dadas. Morrendo um, o outro se mata, mas só se as crianças já forem maiores de idade. Pensando bem, este casal que encontramos não deveria ser celta. Não tinham flores enterradas no túmulo. Um celta nunca esquece as flores.
   
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Os piratas que ficam nas ilhas do Mare Nostrum, o mediterrâneo, atacaram nossos navios por diversas vezes. A cada perda, aumentamos os preços para compensar o prejuízo anterior. Roxana disse-me:
- Rodrix, está na hora de abandonarmos tudo e irmos para a Britânia e salvar as crianças antes que fiquemos sem fortuna.
Achei que ela tinha razão e vendemos tudo. Dissemos na vizinhança que íamos mudar para Roma, mas na surdina combinamos juntar todos os nossos barcos, enchê-los de nossas riquezas, e rumar com todos eles para a Galécia, que muitos confundem com Lusitânia, e nem nós mesmos sabemos se nossa original citânia ficava num lugar ou noutro. Partimos. Quando chegamos a Roma, e em troca de umas influências pagas a peso de ouro, conseguimos obter um atestado do Imperador Tibério para ocupar exatamente a citânia onde nascêramos e que agora estava abandonada. Todos nossos amigos tinham sido passados a fio de espada, menos os que puderam fugir e os que salvamos quando levamos nossa família. Tibério governava com intrigas, espalhava o terror. Só ele parecia não saber mas todos achavam que um dia iam matá-lo.
Deixei Roxana na Citânia preparando tudo e contratando escravos, e fui apanhar a família de volta da Britânia. Além dos rumores de assassinato de Tibério, corriam rumores que o senado de Roma preparava uma grande invasão: Na Britânia, justamente. Voltei com a família e as crianças, que registramos como "romanas", e passamos a "tocar o negócio" com os barcos e a tripulação fenícia desde a nossa citânia que agora tinha um nome romano: "Callaeci Bracari" (que atualmente chamam citânia de Briteiros) onde se reunia o Conselho de cidadãos, o "Consilium Gentis" que se sentavam em bancos de pedra na casa maior da citânia. Se não voltassem a aparecer os cartagineses, ou outros, e a menos de guerra civil, agora éramos protegidos de Roma eternamente. De qualquer forma, nos identificamos mais com os lusitanos que vivem um pouco mais a sul do que com os Callaeci (galegos), a que pertencemos. Eles têm a mente mais "aberta"

O Celtibero
Um final feliz
Ano XL D.C.

Tenho muita coisa para contar, mas não por agora. Posso adiantar que cultivamos a vinha, largamos um pouco a cerveja e os negócios vão bem. Cheguei aos quarenta anos. Roxana tem 35 anos. Nossos filhos estão na idade do "Hiero Gamos". Tibério era pedófilo e convocava criancinhas para o seu leito. O povo o detestava. Morreu de causas naturais há três anos atrás, em 37 DC, mas o povo gritava "Tibério ao Tibre". Foi pena realmente não ter sido terrível e cruelmente assassinado. Ele merecia! Esta semana carregaram barcos com legiões a caminho da Britânia. Quem governa Roma agora é Calígula, outro pedófilo que era convocado para a cama do falecido Tibério, seu tio. Desta vez devem assassinar o Imperador porque matou seu primo para assumir o Império. Os imperadores mudam sem mudar na essência, mas Roma muda muito mais embora pareça que não.

Rui Rodrigues
(Panoias e a Citânia de Briteiros ficam perto de Fornelos terra do vovô Rui. Panoias fica mesmo muito perto.