segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Beto, Mai e Marcia



Em meio a crise, voltei a Portugal já empregado, e cheguei a pensar em arrumar um jazigo por lá em 1990- Início da "Já era a Era Collor"... Fiz bem... Mas depois o Collor levou pénabunda e voltamos...

Foi um período calmo... Na foto meu filho, minha filha e uma sobrinha, a Marcinha, que ainda é como se fosse também uma filha (as amizades de convivência são sempre eternas, salvo tropeços, ou vacilos). Foram de trem curtir um giro pela Europa com direito a Paris e Londres. Minha filha tinha 17 anos e meu filho 15.

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sorrindo, área interna

Poderia dizer-se: epa... Tava podendo...

Mas não... Uma vez na Europa, ganhando em Euros (cheguei na época da troca de escudos para Euros), tudo ficava perto e barato usando trens... O trio se portou direitinho e nem gastaram a graninha extra que levaram pra um caso de imediata necessidade... Se fosse "pior" ainda havia o telefone...

No fundo a minha felicidade de viver a minha vida profissional era acrescentada por viver a vida de meus filhos.... Eu me imaginava no lugar deles.

Quando tinha 8 anos de idade, fui a Fornelos - minha terra natal-
- de férias , de carro, com minha prima Fernanda. ela veio antes, eu fiquei mais uns dias. Pra voltar, meu padrinho Faustino, amigo "irmão" de meu pai na juventude, me levou a Santa Marta de Penaguião, me deu as dicas, e pediu a duas velhinhas que me cuidassem na baldeação do Porto para Lisboa. Eu que tive de cuidar das velhinhas que ficaram mais perdidas que cego em tiroteio...

Foi pensando nisso que pensei: Se eu com 8 anos pude, porque meus filhos com o dobro de idade não poderiam ?

Precisamos dar liberdade a crianças para que se sintam responsáveis e aprendam a ter confiança na vida.

Filhotes... Amo vocês.
e deixo minha homenagem a um grande amigo João Manuel de Oliveira Neves, e a sua filha minha amiga, Maria Luisa Oliveira Neves.

Rui Rodrigues

domingo, 14 de janeiro de 2018

Delícias da vida...





De antes de nascermos, só sabemos o que lemos e o que nos falam os ainda vivos. Dos que já foram, não recebemos informações, não nos ensinam nada... Mas do que sabemos, e só sabemos enquanto vivemos, nada melhor do que curtir o que temos...

Um dia a menina de quatro anos disse:
- Meu avô é um idiota!

Meu Deus... Como ela acertou naquele aspecto específico, naquele dia !... Nunca tinha escutado ninguém me dizer isso. Tinha sido a primeira vez... E parei para pensar no que me dissera aquela pequena gota de sapiência ... Realmente ela tinha razão... E percebi que, tal como tinha aprendido com meus filhos desde pequenos, poderia aprender mais com ela.

Aprendi por exemplo com a mãe dela, minha filha, num dia em que chegou do maternal e disse na lata, olhando olho no olho para mim e para a mãe dela:
- Vocês são muito chatos. Vou embora pra casa de minha avó no Rio Grande do Sul...
- Passei o resto do dia, das 18:00 até meia noite, explicando pra ela, as malas já feitas, que não era bom negócio essa coisa de ir viver com a avó... Minha filha hoje é uma campeã, tal como meu filho... Minha neta vai ser uma campeã... Foi ela que me convenceu a parar de fumar, depois de muitos tapas na bunda e carteiras de cigarro desmanchadas, já lá se vão dois anos...

Eu amo a minha família e as famílias que meus filhos vão agregando...

Somos construtores e eu engenheiro de tudo. Maya é e existe por ela mesma...

Rui Rodrigues